Depois de Viena seguiu-se Praga, onde chegámos já de noite. Estava com imensa curiosidade em relação a Praga. Há anos que ouvia falar sobre esta cidade, do quão bonita era, do quão parecida era com Lisboa e tantas coisas mais. Assim que chegámos e depois de deixarmos as malas no nosso Airbnb, fomos jantar e passear pela cidade. E assim me rendi aos seus encantos… em cada esquina tantos detalhes absolutamente deliciosos! É sem dúvida uma das cidades mais bonitas que alguma vez visitei.
Praga é a chamada cidade das cem cúpulas, porque de facto no horizonte desta cidade só se vêm as torres/cúpulas das igrejas. As cores envolvem-se umas nas outras e a cada edifício por onde se passa, apetece parar para apreciar tudo. Claramente, se não tivesse estudado Psicologia, nem fosse agora fotógrafa, estudar Arquitectura seria um dos meus interesses seguintes.
Caminhámos muito também por aqui, não visitámos nada em concreto, mas a cidade tem uma disposição algo diferente da de Viena, por exemplo, e parecia-nos sempre que as coisas que queríamos ver ficavam bastante mais distantes umas das outras. Mas é assim que se sentem os lugares, ao caminharmos conseguimos sempre descobrir coisas diferentes, ter surpresas e sentir a cidade de outra forma.
Fizemos as paragens habituais pelos pontos turísticos da cidade, passeámos pelos Mercados de Natal, mas tentámos evitar as multidões que afluíram à cidade durante o fim-de-semana. A dada altura, a multidão era de tal forma considerável que a rua e os passeios estavam repletos de pessoas paradas a tentar caminhar para algum lado, com pouco sucesso. Eu que sou pouco dada a estas coisas, apetece-me logo fugir e não consigo apreciar o que quer que seja. Talvez tenha sido este o aspecto que menos gostei na cidade.
A minha interpretação (e portanto um ponto de vista meramente pessoal) é que a cidade está a tentar gerir a afluência de turistas da melhor forma que consegue e talvez nem sempre o consigam. Pelo que pesquisámos, existem já inúmeros aspectos que foram criados apenas para os turistas, e que nada de local e tradicional têm. E a verdade é que me faz um pouco lembrar o que está a acontecer com Lisboa, que nos últimos anos se encheu de tuk-tuks e mais recentemente de cafés de inspiração escandinava (dos quais eu até sou fã), mas que na realidade nada têm a ver com a cultura portuguesa.
Ainda assim, consigo perceber de onde vêm as comparações com Lisboa. Existem ali particularidades que me fizeram lembrar de casa, os telhados laranja, a calçada, e até alguns aspectos arquitectónicos, mas ainda assim nesse aspecto Praga leva-nos a melhor, sem dúvida.
Na manhã em que viajámos para Berlim, quase que perdíamos o comboio, valeu-nos a empatia do nosso motorista da Uber que se apressou a deixar-nos na estação e ainda de um senhor que nos ajudou na estação a encontrar a linha do comboio (… a troco de algumas coroas checas, como não poderia deixar de ser!). E foi assim que nos despedimos de Praga três dias depois de termos chegado!
(Nestes posts de viagem vou querer destacar algumas coisas, mas só algumas, para não tornar os posts demasiado exaustivos e para que possam ficar com algumas referências, caso decidam ir passear para estes lados. Neste post de Praga destaco um restaurante e um café onde tomámos um delicioso brunch.)
O restaurante: Mlejnice
Queríamos experimentar comida mais típica, como o tão famoso pork knuckle e goulash checo e foi neste restaurante que experimentámos tudo! Depois de um dia inteiro a caminhar, soube bem sentar aqui, pedir uma cerveja e deliciarmo-nos com o jantar! O restaurante tinha uma decoração bastante rústica e industrial, e o ambiente era acolhedor. O goulash estava delicioso e para uma noite fria, foi o prato mais reconfortante que alguma vez poderia ter pedido!
O café: Cafe Jen
Na minha lista de sítios para tomarmos o pequeno-almoço estava este café. Saímos de casa, chamámos o Uber (porque ficámos um bocadinho longe do centro da cidade e o caminho a pé não era muito bonito), demos a morada e seguimos. A certa altura desconfiei que me tivesse enganado e esta sítio fosse noutro lado qualquer sem ser em Praga, porque a viagem foi longa.
Parecíamos estar a sair da cidade e depois a entrar, mas numa zona que desconhecíamos. Pelo percurso que tinha na app, estava tudo bem, mas de facto este café ficava numa zona residencial mais afastada do centro. E que bonita e pacata era esta zona! O dia começou mesmo bem com o brunch aqui neste sítio pequenino, frequentado por locais, e lá fora o dia estava finalmente soalheiro! Esta foi uma manhã feliz a começar aqui. O cappuccino que estava delicioso, os crepes com os ovos e ainda uma mistura que parecia iogurte grego com papas de aveia… estou com água na boca só de me lembrar!
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Para quem gosta destas fotografias, algumas encontram-se à venda aqui!
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