Não é segredo nenhum que adoro fotografar em filme e apesar de incluir isso em algumas sessões, acabo por fotografar em grande parte pelo prazer que me dá. E não vou repetir aquilo que é mil e uma vezes repetido por quem descobre o amor pelos rolos, mas antes partir deste tema para outra coisa que tem andado na minha cabeça há uns tempos.
Sabem quando fizeram uma coisa que vos custou tanto a terminar, em que sentiram a ansiedade por ver chegar o dia em que essa coisa ia terminar… e depois quando essa coisa está para trás, sentem falta dela? Sou eu com o meu Projecto 365. Tenho saudades dele. Dou comigo sem pegar na máquina, sem ser para trabalhar, ou talvez quando sei que vou andar pelas ruas da cidade em modo passeio.
E agora desse lado podem surgir três perguntas: 1) mas porque é que não começas um 365 outra vez? 2) mas porque é que então não andas sempre com a máquina como andavas antes? 3) e o que é que isto tem a ver com a fotografia analógica?
E são perguntas legítimas até, mas eu cá gosto das coisas certinhas e para começar um novo Projecto 365, só no dia 1 de Janeiro de 2016. E não ando sempre com a máquina atrás porque ela é pesada, e já me bastou o sacrifício de ter andado 365 dias com ela a tiracolo. Eu sei, disse há dois parágrafos atrás que sentia saudades disso. Mas o que querem? Ser ambivalente faz parte do meu charme! E quanto à resposta da pergunta 3, é que andar de máquina analógica a tiracolo é muito mais simples do que andar com a digital, muito mais agora que me apaixonei pela 35mm 1.4 da Sigma e não a largo nem por nada, o que faz com que a máquina pese ainda mais.
Conclusão, estou a escrever para me relembrar que tenho de fotografar mais com a analógica. E a verdade é que já comecei a caminhar nesse sentido. Na passada sexta-feira andei a passear pelas ruas da parte histórica de Lisboa com uma Canon AE-1 emprestada pela minha querida Susana para a testar e ver se é este ano que compro uma para alternar com a minha Yashica.
E por isso, o meu crush é por fotógrafos que fotografam quase sempre em analógico e fotografam coisas do dia-a-dia, porque é isso que me apaixona, não é tanto os retratos bonitos e de sonho de sessões ou de casamentos, mas as coisas do dia-a-dia. Porque são esses que nem sempre estão perfeitos, nem sempre as condições são as melhores, e nunca se sabe como sai. Mas sai como é e às vezes é isso que se quer e precisa.
E prometo que entretanto irão aparecer mais posts com fotografias em filme, está bem?
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FotoMarg says
I’m looking forward to seeing your film photos.
Susana Gomes says
O prazer do processo, é todo um mundo novo que ganhamos!
Em ânsias para ver o resultado do rolo do nosso passeio :D
Bj, amiga!