Não, não me enganei… Ainda faltam partilhar os últimos três meses de 2014 deste Projecto 365. Claro que agora que já estamos em Janeiro, já poderei dizer a alto e bom som que terminei o projeto com sucesso. YAY! Curiosamente foi uma sensação ambivalente de alívio por ter chegado ao fim, mas também de pena por não ter um “motivo” para continuar a fotografar todos os dias. Mas claro, motivos arranjamos sempre e não seria por aí, mas ao mesmo tempo, sinto que preciso de um descanso.
Mas voltando a este mês de Outubro… foi um dos mais difíceis. Tal como tinha já partilhado aqui, esperava que a motivação fosse sofrendo alterações ao longo do projecto, mas que existisse sempre no final do projecto, porque a luz ao fundo do túnel estaria mais visível, mas acontece que nem por aí a motivação apareceu. Foi um mês complicado em tantos níveis, que me senti sem imaginação… e sentia que me arrastava de dia para dia, de tarefa para tarefa… e a sentir a pressão do final do ano a chegar e tudo o que vem por arrasto.
Claro à exceção dos primeiros dias de Outubro passados em Londres. Primeiro porque era o primeiro fim-de-semana, desde há muitos meses, que tinha livre, depois porque estava com amigos de longa data com quem já não estava há imenso tempo, e porque claro, estava em Londres. Soube bem desanuviar, celebrar o final da época, passear, não ter sequer um computador à frente durante dias…
Durante este mês acabei por fotografar ainda bastante em filme, porque às vezes a mudança de máquina pode tornar-se numa mudança de perspectiva ou de, pelo menos, o espírito com que se sai à rua à procura de algo para fotografar.
Neste ano, e depois de ter visitado esta loja no Porto e de me ter deliciado com as prateleiras cheias de pequenas e grandes delícias analógicas, acho que vou querer pensar em algum projecto apenas em filme. Ainda não sei em que modelo será, mas quero fazê-lo.
Se há lição a tirar de um projecto desta magnitude, uma delas é sem dúvida o quanto se aprende, o quanto se abrem os olhos (mesmo quando já achamos que os temos bem abertos), o quanto nos tornamos mais sensíveis a tudo o que nos rodeia, e o quanto nos ajuda a manter a criatividade (mesmo quando parece ter o efeito oposto!).
Posto isto, o meu Outubro foi assim… colorido, urbano, com muitos retratos, natureza, Lisboa e Kobe, como é habitual. Os meus dias são precisamente feitos destes quatro elementos e é bonito ver como eles fazem parte do meu dia-a-dia e de como mudam ao longo de 12 meses.
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