Mais um mês que termina, mais 31 dias num projecto tão desafiante como este. Acho que este mês foi aquele mês em que a falta de criatividade me desafiou e por vezes me deixei levar, me deixei abater. Ainda assim, este foi o mês em que a Primavera nos visitou quase desde o início, mas assim que chegou o dia 21, o dia em que era suposto chegar oficialmente… foi aí que resolveu abandonar-nos. E talvez também tivesse perdido uma luta contra outra estação que a desafiou novamente – o Inverno. E por isso, cá estamos nós debaixo de chuva, vento, frio, nuvens, trovoada…
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Another month that reaches its end, another 31 days on such a challenging project like this one. I think that this was the month, in which the lack of creativity really hit me, or at least challenged me so many times. I felt tired, I felt with no idea of what to shoot, what to look for. Nevertheless, this was the month in which Spring decided to show up almost from the beginning of the month, but as soon as the 21st arrived, in which Spring should actually start, she just walked away. Maybe Spring also lost the challenging battle with Winter. And so here we are, under heavy rains, ends, thunder, and cold days once again.
Num mês em que me deixei ir pela facilidade em fotografar flores, porque elas estão em todo o lado, pela facilidade em encontrar as suas cores, em desfocar tudo à sua volta, em fazer realçar a sua beleza… ainda assim procurei novas perspectivas, novas formas de fotografar as flores. Nem sempre fácil, mas quero acreditar que fui conseguindo de vez em quando.
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On a month in which I just felt I was going with the flow of shooting flowers, because they were everywhere, because their colours were enchanting and calling for me, because I knew how to create a beautiful bokeh… even so I tried to look for different perspectives, different ways of shooting flowers. Not always easy, but I want to believe I achieved that a few times.
Ontem li uma frase que me inspirou imenso, nomeadamente porque me identifico com esse tipo de abordagem fotográfica com clientes – a fotografia documental. A frase, cujo autor voltei a procurar e não encontrei, dizia que se havia um conselho que esta pessoa teria a dar no que diz respeito a este tipo de abordagem seria “nunca deixes que ninguém consiga adivinhar a tua altura pelo teu portfolio!”. Achei o máximo, porque a verdade é esta… é bastante fácil aprender algo e permanecer com essa aprendizagem, porque sabemos que resulta.
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Yesterday I read a quote that truly inspired me and got stuck on my head for hours and hours. It was from a photographer I follow, but I have looked and looked and cannot find his ame now, but he was sharing his advice on documental photography – the kind I like to do on events. He was saying that if he had one piece of advice it would be “Don’t let people guess how tall you are, just by looking at your portfolio!”. For those who don’t get it, it’s all about movement and perspective. You need to challenge yourself, to look for different ways of showing what you’re witnessing. The truth is it’s pretty easy to stick with what you know it works. So just get out of your comfort zone.
A minha escolha no que a lentes diz respeito, recai sempre sobre as primes, que para quem não está por dentro do tema, são lentes com uma distância focal fixa, sem zoom. Para isso, mexo-me, aproximo-me e distancio-me do que quero fotografar. Sou sempre eu que me mexo e não a lente. Mas como sempre utilizei lentes prime, quando tenho outras na máquina, sinto alguma dificuldade em gostar da naturalidade dos resultados. Ainda assim, também isso se aprende, porque a própria composição requer treino.
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My choice on lenses is always around prime lenses, and for those who are not aware of which lenses are these, these are the ones that don’t zoom in, nor out. They are fixed focal distance lenses. The lens doesn’t move to get closer, your legs do. As I use a prime lens 98% of the time on my camera, whenever I use another one, I get mixed feelings. I feel that I’m used to the composition I get from those, so I need to think outside of the box, to challenge myself on that too. Sometimes it’s just about stopping, staring, thinking and taking the time to figure out how to shoot that in front of you.
E o que procurei durante este mês, em que flores me pareciam sempre temas a fotografar, foi procurar novas perspectivas, foi procurar um novo olhar sobre as mesmas… e claro, continuar a desafiar-me a olhar para o que me rodeia de forma diferente. Este mês confesso que não foi fácil. E como este mês promete ser de tanta chuva, parece-me que também será um grande desafio! Mas que venha esse Abril, águas mil! Aqui estaremos para o receber!
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And what I looked for throughout this month was exactly that. To take the time to think and wonder about how to shoot flowers in a different way. And of course, I also kept my self-portrait challenge! Always a struggle, but I’m kind of enjoying it! But above all, I confess that this month was not an easy one. And as this next one seems to be all about rain, I think it won’t be any easier! But come on April, show me what you got! I’ll be here for you!
Somebodyelsa says
estou a gostar muito dos resultados deste teu projecto! continua!
Rita says
A melhor coisa de Portugal (depois das tuas fotos, claro!) é a variedade do tempo. Há trovoada, vento, chuva, e depois também há aqueles dias de um sol tão quente e uma luz tão intensa que nos tornam molengões, sem vontade para fazer nada. Adoro o tempo de Portugal. Tenho um fraquinho por tempestades e ventanias. E quando a primavera ou o verão apetece, podemos sempre olhar para as tuas fotos. :-)
Ju says
sempre com fotografias bonitas e inspiradoras :)*